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Banco Central Independente: formalização da autonomia e taxas de juros de longo prazo

Texto escrito em 28/04/2020 como Projeto de Iniciação Científica apresentado ao CNPq/PIBIC como Pesquisa Essencial Transversal em Ciências Sociais – Área de Tecnologias de Produção. O projeto foi orientado pela Prof. Dra. Ana Rosa Ribeiro de Mendonça com t ítulo "Banco Central Independente: um estudo do impacto da formalização da autonomia da entidade monetária nas taxas de juros de longo prazo".  1. Resumo Este texto visa evidenciar o impacto do processo de independência do Banco Central do Brasil sobre as taxas de juros de longo prazo. Seguindo esta linha busca-se suscitar a necessidade de formalização da autonomia da autoridade monetária brasileira, usando do arcabouço teórico da Independência do Banco Central para fundamentar o debate entre dois projetos de lei referentes ao tema, apresentados ao Congresso Nacional.  2. Introdução A credibilidade do Banco Central (BC) é definida pela crença que os agentes econômicos dispõem sobre a entidade monetária, a respeito do efetiv
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Austeridade fiscal e keynesianismo

DAVID RIBEIRO FERREIRA JUCINEIDE HENRIQUE SANTOS MARCOS REVEJES PEDROSO MIQUÉIAS ARAÚJO RODRIGO COLOMBO DE OLIVEIRA Texto escrito em 29/04/2020  como Resenha do texto "Equilíbrio fiscal e política econômica keynesiana", escrito por Fernando Cardim de Carvalho. O trabalho foi realizado na disciplina CE863: Setor Público, componente da grade curricular do curso de Ciências Econômicas do IE-UNICAMP. A mesma foi ministrada pelo Prof. Dr. Roberto Alexandre Zanchetta Borghi.                O artigo do economista Fernando J. C. de Carvalho intitulado “Equilíbrio fiscal e política econômica keynesiana” tem o objetivo de esclarecer os aspectos da política keynesiana, estes, muitas vezes erroneamente interpretados. Duas visões se contrapõe no texto quanto ao conceito de keynesianismo, termo relacionado a uma doutrina que prega a importância do papel do Estado.                A visão acadêmica defende que a doutrina keynesiana se apoia na ideia de preços e salários rígidos, isto é, q

Síntese Neoclássica e o espaço da política fiscal

DAVID RIBEIRO FERREIRA JUCINEIDE HENRIQUE SANTOS MARCOS REVEJES PEDROSO MIQUÉIAS ARAÚJO RODRIGO COLOMBO DE OLIVEIRA Texto escrito em 29/04/2020  como Resenha do texto "O espaço da política fiscal: de Keynes ao Novo Consenso", escrito por Francisco Luiz C. Lopreato. O trabalho foi realizado na disciplina CE863: Setor Público, componente da grade curricular do curso de Ciências Econômicas do IE-UNICAMP. A mesma foi ministrada pelo Prof. Dr. Roberto Alexandre Zanchetta Borghi. Introdução e Contextualização A Sínte se Neo clássica é um movimento acadêmico dos anos 1950-60 na economia do pós-guerra, que procurou absorver o pensamento de John Maynard Keynes e complementá-lo com a visão neoclássica. O processo de construção da Síntese começou logo após a publicação do livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” de Keynes. Foi desenvolvida principalmente por John Hicks e popularizada pelo economista matemático Paul Samuelson.  O termo “síntese neoclássica” batizado por Paul S

Medidas de combate ao Coronavírus e a importância da ação estatal

Texto escrito em 30/05/2020 como Trabalho Final da disciplina CE863: Setor Público componente da grade curricular do curso de Ciências Econômicas do IE-UNICAMP. A disciplina foi ministrada pelo Prof. Dr. Roberto Alexandre Zanchetta Borghi. MARCOS REVEJES PEDROSO 1. As três principais funções do Estado      Segundo MUSGRAVE & MUSGRAVE (1980), é notório de que o sistema de mercado não é capaz de desempenhar sozinho todas as funções econômicas. A atuação do governo é necessária para guiar, corrigir e suplementar o mecanismo de mercado em diversos aspectos. Tendo em mente que o mercado é imperfeito, o tamanho apropriado do setor público é, de fato, uma questão técnica e não ideológica. O autor segue sua visão, elucidando as três principais funções estatais: alocativa, distributiva e estabilizadora.      A função alocativa é expressa no fornecimento de bens públicos, ou do processo pelo qual a totalidade dos recursos é dividida para utilização no setor público e no privado, e pelo qual

As altas taxas de juros de curto prazo no Brasil e o pós Crise Financeira Global

MARCOS REVEJES PEDROSO Texto escrito em 19/04/2019 como projeto de Iniciação Científica orientadado pela Prof. Dra. Ana Rosa Ribeiro de Mendonça do IE-UNICAMP e apresentado ao CNPq com o tema: " Taxas de juros e nível de atividades: um estudo das elevadas taxas de juros de curto prazo no Brasil e seu movimento no pós Crise Financeira Global". 1. RESUMO      Este texto visa evidenciar a complexidade da questão da taxa de juros de curto prazo no Brasil. Seguindo esta linha busca-se avançar na compreensão da peculiaridade histórica de altas taxas de juros brasileiras e de sua relação com as oscilações no nível de atividade econômica na Crise Financeira Global (CFG), suscitando a centralidade da política monetária na busca pela estabilidade de preços.  INTRODUÇÃO      A taxa nominal de juros vigente sobre o sistema monetário - taxa over Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) - no Brasil tem se mostrado historicamente alta. Uma pesquisa feita pela Infinity Asset Managem